Hoje é dia de resenha O Papel de Parede Amarelo!
Este ano iniciei um Projeto chamado Minileituras 2018 que consiste, simplesmente, em ler, todo domingo, um livro pequeno o suficiente para ser concluído em um dia. Além de desagarrar os livros há tempos encostados na estante, tem ajudado, e muito, na meta de leituras do ano.
E, no último domingo o escolhido me chamou a atenção de uma forma que precisava compartilhar com vocês: hoje teremos a resenha O Papel de Parede Amarelo, da autora Charlotte Perkins Gilman.
Resenha O Papel de Parede
O livro conta a história de uma mulher com a saúde mental fragilizada que é levada pelo marido para viver em uma casa alugada com a finalidade de trata-la. Ela é orientada a não fazer nada, principalmente escrever, pois isso pode agravar sua condição de saúde. Contudo, o conto é contado em forma de um diário que ela mantém escondida do marido.
Ela é colocada para dormir em um quarto que, em outra época foi um quarto de criança e tem um papel de parede amarelo todo truncado, sujo, machado em determinadas partes e que chama muito sua atenção.
Ela começa, então, a “estudar” o papel e começa a achar que ele está influenciando sua melhora. Ela acha que tem uma mulher no papel, que sai de manhã e volta a noite e fica “rastejando” ao longo da parede. E o papel vai se tornando cada vez mais influente na vida da mulher.
O livro foi escrito pela autora em uma época muito machista e é considerado uma de suas obras mais importantes. Assim como a protagonista, Charlotte Perkins sofreu com angústias, problemas psicológico, o que levam muitos a pensar que o conto é uma autobiografia.
Muitos acham que se trata de uma história de terror e que a forma como a autora escreve se assemelha à escrita do aclamado Edgar Allan Poe.
Para outros, o livro traz uma mensagem feminista, o que o transformou em um importante clássico nesse sentido. Na minha humilde opinião é um pouco de ambos.
Ao final do livro há um breve relato sobre a vida da autora e sua luta feminista. Fica fácil pensar que o que a perturbava (e consequentemente a personagem) era a contrariedade em relação às convenções da época que impunham à mulher um perfil submisso, de obediência em relação ao marido, o que, ainda que inconscientemente incomodava as mulheres de alma liberta.
Acho muito interessante ver que a luta feminista é muito mais antiga do que se imagina e que vem ganhando não só cada vez mais espaço como resultado e é, sim muito importante fazer leituras como a deste livro como forma de abrir os olhos, de se libertar do papel de parede amarelo que lhe prende. É uma leitura rápida. Indico! Obrigado por ler a resenha O Papel de Parede Amarelo.
Evelyn Butignoli Cunha
ResenhistaAmante dos livros, dos filmes (especialmente os advindos de adaptação literária), dos gatos e de um bom e forte café.
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