Livros
Resenha: Jogador Número 2 – Ernest Cline
Olá leitores do Sobre Livros! Li Jogador nº 1 pouco antes do lançamento de sua adaptação para os cinemas e foi arrebatador: lembro da minha empolgação com a narrativa, enredo e personagens. Então quando a Intrínseca lançou o segundo volume da série fiquei mais que entusiasmada em conferir como a história se desenrolou.
Vale nesse momento ressaltar o quanto as edições da Editora Intrínseca estão maravilhosas! Capa dura, livros bem revisados e lindíssimos! Mais que bons livros para se ler, eles são itens de decoração de qualquer biblioteca.
Jogador Número 2 é o segundo livro da duologia Jogador Número 1, escrito pelo autor norte-americano Ernest Cline que é romancista, poeta e roteirista. Tentou trabalhar em outras áreas, mas rendeu-se à cultura nerd. Vive no Texas com sua esposa e filha.
Dias após o fim do concurso lançado pelo fundador do OASIS, Wade Watts faz uma descoberta bombástica. Escondida no cofre de James Halliday, há uma tecnologia capaz de alterar a natureza da existência humana para sempre ― e talvez piorar ainda mais as coisas.
Chamado de Interface Neural OASIS, ou INO, o dispositivo permite que o usuário use os cinco sentidos no ambiente virtual e controle seu avatar apenas com o pensamento. Também é possível gravar suas experiências no mundo real e que outras pessoas consigam revivê-las. Ainda que revolucionário, o INO torna o OASIS mais viciante e perigoso do que nunca.
Começa assim uma nova missão, uma caça ao último Easter egg deixado por Halliday, com um misterioso prêmio em vista. Ao longo dessa jornada, Wade e seus amigos enfrentarão um inimigo inesperado e extremamente poderoso ― disposto a matar milhões para conseguir o que quer ―, revelações do passado conturbado de Halliday e até mesmo múltiplas versões do cantor Prince. A vida de Wade e o futuro do OASIS estão em risco outra vez, mas a humanidade pode ser a maior vítima dessa guerra cada vez mais real.
Em Jogador Número 2 acompanhamos o desenrolar da história logo após o fim do concurso que deu a Parzival/Wade e seus amigos o controle do OASIS. Vemos como Wade reage a sua fama e fortuna, e como se adapta a essa realidade tão diferente da que cresceu.
Wade descobre logo após vencer o concurso que James Halliday guardou uma grande invenção e caberá aos seus herdeiros decidir se irão torná-la pública. Uma invenção capaz de alterar definitivamente como a humanidade vive e se relaciona.
Nem preciso dizer que Wade faz escolhas duvidosas, né? Apesar de carregar a aura de mocinho, o personagem foi bem delineado, então comete erros. Muitos erros. Ao sentir demais, não ter maturidade e ser inconsequente, Wade perde o que conquistou – e não necessariamente a sua fortuna, hein. Mas será que terá a chance de se reconstruir?
E será através da caça ao último easter egg de Halliday que Wade decidirá não apenas o seu futuro, como o de todo o planeta. Sorte que ele não estará sozinho.
Apesar de apreciar muito a construção dos personagens, sinto que o autor dá mais espaço para o desenvolvimento de seu enredo que no desenvolvimento de seus personagens. Talvez a sensação de mais do mesmo do segundo volume tenha se ancorado aí. Deixe-me explicar.
Jogador Número 1 usou uma fórmula original e que cativou inúmeros fãs: acompanhamos o protagonista Wade em sua busca por redenção, enquanto ele desvenda inúmeras “charadas” em uma simulação virtual.
E acho que foi nesse ponto que Jogador Número 2 peca. Afinal o autor tenta aplicar a mesma fórmula na narrativa, mas por ser uma continuação, essa estratégia acaba perdendo a força. Então o que é fascinante no primeiro livro torna-se inócuo no segundo.
Mas apesar de perceber isso, acredito que vale muito a pena conferir como nosso quarteto ficou depois do fim do concurso. Diverti-me muito com as curiosidades nerds, em desbravar o OASIS – dessa vez com uma nova perspectiva, e acompanhar um “possível futuro da humanidade”. Gosto muito da ideia que a vida é cíclica, e que sempre haverá redenção após as quedas.
Indico Jogador Número 2 para os leitores que amaram o primeiro volume, mas que não elevem suas expectativas. O livro é muito bom e envolvente, mas não entrega tudo que promete. Vale conferir para se divertir e relaxar, sem grandes pretensões. Boa leitura!
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